segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pesquisa revela preconceitos ocultos para as mulheres em TI

Mulheres Tecnologia TI
via R7

Pesquisadores da Universidade de Stanford, Califórnia (EUA), analisaram a linguagem usada por empregadores na hora das entrevistas com candidatos. Os resultados preliminares do levantamento mostram que há diferença de atitude e interação dependendo se do outro lado da mesa está um homem ou uma mulher. O trabalho analisou 125 fichas de avaliação de desempenho em quatro grandes empresas de tecnologia e serviços. Os nomes das empresas e pessoas não foram divulgados. Mas o estudo apontou que há uma linguagem substancialmente diferente de acordo com o gênero. Por exemplo, os homens recebem sete vezes mais comentários sobre seu estilo molenga de trabalho. Em contrapartida, as mulheres recebem 2,5 vezes mais insinuações sobre agressividade.

O preconceito, principalmente o oculto, contra gêneros tem sido debate acalorado em vários setores. Mas principalmente na tecnologia ele ganha ares de recuperação de uma imagem perdida. O segmento sempre dependeu de descobertas e grande mentes femininas para se desenvolver. Ao longo do tempo, isso foi esquecido e o comportamento comum corporativo fez os homens dominarem cargos, salários e premiações. Os pesquisadores descobriram que os homens recebem 2,39 vezes mais elogios e orientações sobre suas visões de negócio e experiência técnica do que as mulheres. Curiosamente, os resultados mostram que não importa se o empregador ou chefe é homem ou mulher, o padrão continua.

Enfrentando o problema

O alerta dos estudiosos é que o caminho para promoção seria diferente com esse tipo de diferenciação. Um homem que é descrito como “visionário” tem mais chances de ser promovido do que uma mulher avaliada como “integrante dedicada da equipe”. E ambos os feedbacks diferentes são colocados para o mesmo perfil avaliado, variando somente o gênero. A pesquisa de Stanford foi destaque no The Wall Street Journal. Os pesquisadores alertaram que os resultados, embora sejam alarmantes, são fáceis de serem transformados em ações para igualdade de gênero. Uma atitude muito simples seria ter critérios simples e iguais para avaliar os empregados e não deixar isso para a percepção pessoal e o preconceito inconsciente de cada chefe.

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