terça-feira, 13 de outubro de 2020

Vamos falar de Deepfake?

Fala, pessoal!

O tema volta à tona com mais força por causa das eleições municipais. A justiça eleitoral vem fazendo campanhas para alertar a população para este tipo de mecanismo, uma forma de levar à sociedade vídeos aparentemente verdadeiros, mas que na verdade são absolutamente falsos.  


A prática inicialmente se baseava em criar vídeos quase inocentes, por pura diversão. Não podemos negar que esses materiais são aliados importantes dos estúdios de cinema, como mostra essa matéria sobre a qual quero bater um papo hoje

O problema é que, como quase sempre acontece, há um desvio na trajetória dessa iniciativa, que a leva diretamente na rota da disseminação de notícias falsas. 

As chamadas fake news são mecanismos gigantescos capazes de destruir e aniquilar a reputação de uma pessoa. Me refiro aqui a pessoas, mas essa prática, num piscar de olhos, pode também destruir a vida e a reputação de empresas e organizações.

Vamos focar no ser humano, criatura ainda frágil, cega e vulnerável à velocidade do avanço tecnológico.

O ambiente digital permite que pessoas possam montar estratégias tal qual numa guerra, na qual o território – neste caso simbolizado pelo ambiente virtual – está longe de ser facilmente controlado. Não me refiro aqui ao controle como sinônimo de censura, mas sim à possibilidade de identificar este tipo de atuação criminosa.

Os vídeos falsos baseiam-se em conteúdos e materiais presentes em bancos de dados. Por meio de inteligência artificial, a máquina aprende a copiar os movimentos do rosto, corpo e timbre de voz de determinado indivíduo para criar um produto sofisticado e muito realista, capaz de enganar facilmente qualquer pessoa.

Em um mundo cada vez mais expositivo, os bancos de dados são facilmente alimentados, tornando-se um universo sem limites para a produção de deepfakes. Neste texto, especialistas afirmam como está cada vez mais difícil conter a produção desses vídeos.

Por pura brincadeira e às vezes sem a exata noção da repercussão que pode causar este tipo de conduta, é muito fácil criar um vídeo deste tipo – um estopim para colocar em risco milhares de pessoas. Incluo aqui em especial os adolescentes, cada vez mais presentes e expostos na internet.

Essa minha análise é feita com base na clareza que tenho da necessidade de voltarmos nossa atenção às pessoas, em tempos de aceleração da tecnologia e de um mundo cada vez mais digital.  

É preciso ensinar não somente os adultos, mas em especial as crianças e os adolescentes que o ambiente digital é importante e fascinante – e, sim, não há qualquer possibilidade de retrocesso, afinal a evolução é bem-vinda. Em contrapartida, é necessária uma educação digital, para que todos tenham consciência e entendimento de que não se trata de um universo paralelo, mas sim de um mundo mais real do que se possa imaginar.

Valeu!

Emerson Morresi  



https://www.tecmundo.com.br/software/150909-cientistas-descobrem-enganar-detectores-deepfake.htm

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