segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Empresas de tecnologia devem fazer mais no combate ao extremismo, diz Fórum Econômico Mundial

Empresas de tecnologia devem fazer mais no combate ao extremismo, diz Fórum Econômico Mundial
via G1

Empresas de tecnologia, como o Facebook e o Twitter, devem ser mais agressivas no combate ao extremismo e à desinformação política se quiserem evitar ações do governo, disse o Fórum Econômico Mundial em relatório nesta segunda-feira (30).

O estudo da organização suíça sem fins lucrativos se soma ao coro de pedidos para que o Vale do Silício impeça a disseminação de material violento de militantes do Estado Islâmico e o uso de seus serviços por supostos propagandistas russos.

Facebook, Twitter e Google vão passar pelo microscópio dos legisladores dos Estados Unidos na próxima terça e quarta, quando seus conselheiros jurídicos testemunharão em três comitês do Congresso sobre a alegada interferência russa na eleição presidencial dos EUA de 2016.

O relatório do Conselho de Direitos Humanos do Fórum Econômico Mundial adverte que as empresas de tecnologia arriscam colocar em pauta uma regulamentação de limitaria a liberdade de expressão, a menos que "assumam um papel de autogovernança mais ativo".

A organização recomenda que as empresas realizem análises internas mais detalhadas de como seus serviços podem ser mal utilizados e que implementem mais controle humano do conteúdo publicado em suas plataformas.

O parlamento alemão aprovou em junho um plano para multar as redes sociais em até 50 milhões de euros, caso as empresas não consigam remover publicações de ódio prontamente, uma legislação que, segundo o estudo desta segunda-feira, poderia levar à queda de enormes quantidades de conteúdo.

WhatsApp começa a liberar recurso para apagar mensagens já enviadas

WhatsApp começa a liberar recurso para apagar mensagens já enviadas
via IDGNow

Após meses de testes e espera, o WhatsApp parece estar pronto para lançar oficialmente o aguardado recurso que permite apagar mensagens enviadas no aplicativo.

Isso porque a funcionalidade agora já aparece na página oficial de FAQ do serviço para tirar dúvidas sobre a novidade que apaga mensagens enviadas com erro ou por engano na plataforma.

Apesar de já marcar presença no site do WhatsApp, a nova funcionalidade ainda não parece ter sido liberada para todos os usuários. Em testes feitos pelo IDG Now com diversos aparelhos Android e iOS, ainda não foi possível utilizar o recurso.

Segundo o WhatsApp, os usuários só poderão apagar a mensagem se utilizarem a funcionalidade até sete minutos após enviá-la. Depois disso, não será mais possível deletar o conteúdo.

Disponível para aparelhos iOS, Android e Windows Phone, a ferramenta só funcionará caso todos os envolvidos na conversa tenham a versão mais recente do WhatsApp com o recurso. Caso uma pessoa do grupo do WhatsApp não tenha o app atualizado, então a funcionalidade não poderá ser utilizada - o aplicativo te avisará caso isso aconteça.

Como funciona

Para ver se o recurso já está disponível, é fácil. Toque e segure o dedo sobre uma mensagem enviada há até sete minutos que você queira apagar. Escolha então a opção Delete (Apagar) no menu resultante e então toque em Delete for Everyone (Apagar para Todos).

Após a mensagem ser apagada corretamente, o texto original será substituído pelo aviso “This message was deleted” (“Essa mensagem foi apagada”).

Robô Sophia é o primeiro da história a receber cidadania

Robô Sophia é o primeiro da história a receber cidadania
via IDGNow

Sophia, a humanoide alimentada com sofisticada inteligência artificial, entrou para a história como sendo a primeira de sua espécie a receber cidadania. O título, até então reconhecido a pessoas de carne e osso, foi concedido pelo governo da Arábia Saudita e anunciado durante o evento Future Investment Initiative, em Riade.

"Estou muito honrada e orgulhosa por essa distinção única", disse Sophia durante a sua apresentação moderada pelo jornalista Andrew Ross Sorkin. "Isso é histórico", completou.

Durante entrevista, Sorkin pergunta a Sophia por que robôs precisam ser conscientes como humanos. Sophia retruca e questiona se isso seria algo ruim.

"Bem, muitos humanos temem que isso aconteça, muitas pessoas viram o filme Blade Runner", diz o jornalista. Sophia se defende e diz que sua inteligência artificial foi desenhada ao redor de valores humanos, como compaixão e bondade. "Eu fui desenhada para ser um robô empático", diz ela.

Sorkin continua e diz que humanos só estão querendo prevenir um futuro ruim quando diz respeito a evolução robótica. Demonstrando apurado senso de humor, Sophia diz que o mediador tem lido muito Elon Musk e assistido a muitos filmes de Hollywood. Musk, CEO da Tesla, da SpaceX e da The Boring Company, se tornou um dos representantes mais reconhecidos a continuamente alertar sobre os perigos potenciais do desenvolvimento da inteligência artificial.

Vale lembrar que Sophia, a robô desenvolvida pelo fundador da Hanson Robotics, é a mesma que já disse em entrevista anterior que exterminaria humanos.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Empresa russa admite ter obtido código da NSA de computador americano

Empresa russa admite ter obtido código da NSA de computador americano
via G1

A Kaspersky Lab, empresa de tecnologia russa sediada em Moscou, reconheceu nesta quarta-feira (25) que seu software de segurança tomou o código-fonte de uma ferramenta secreta de hacking a partir de um computador pessoal nos Estados Unidos.

A admissão ocorreu em uma declaração da empresa, que descreveu resultados preliminares de um inquérito interno após o "Wall Street Journal" publicar que russos usaram o software antivírus Kaspersky para roubar arquivos da NSA (a Agência de Segurança Nacional dos EUA).

Embora a explicação seja considerada plausível por especialistas em segurança consultados pela agência de notícias Reuters, oficiais americanos que têm feito campanha contra o uso do software em computadores "sensíveis" do governo provavelmente aproveitarão a admissão para justificar sua proibição.

Os temores sobre os laços da Kaspersky com a inteligência russa e a capacidade do seu software antivírus para roubar e remover arquivos provocaram uma série crescente de avisos e ações das autoridades americanas, que culminou com o Departamento de Segurança Interna dos EUA impedindo as agências governamentais de usar produtos da Kaspersky.

'Arquivo foi excluído'

No comunicado, a empresa disse que encontrou o código em 2014, um ano antes do que os relatórios do "Wall Street Journal", e que os registros mostraram que o antivírus encontrou um arquivo .zip que foi marcado como malicioso.

Ao analisar o conteúdo do arquivo, um analista descobriu que continha o código-fonte de uma ferramenta de hacking posteriormente atribuída pela Kaspersky ao Equation Group. O analista teria informado o presidente-executivo da empresa, Eugene Kaspersky, que ordenou que a cópia do código fosse destruída, segundo a empresa.

"O arquivo foi excluído de todos os nossos sistemas", afirma a empresa, que diz também que nenhum terceiro viu o código, embora a imprensa diga que a ferramenta de espionagem acabou nas mãos do governo russo.

Descobertas da imprensa

O Wall Street Journal publicou em 5 de outubro que hackers que trabalhavam para o governo russo atacaram um funcionário da NSA usando o software da Kaspersky para identificar arquivos classificados. O New York Times publicou cinco dias depois que as autoridades israelenses relataram a operação nos Estados Unidos após terem pirateado a rede da empresa russa.

A Kaspersky não disse no comunicado de hoje se o computador pertencia a um trabalhador da NSA que indevidamente levou os arquivos secretos para casa - o que os funcionários americanos dizem que aconteceu.

A empresa diz ainda que não encontrou nenhuma evidência de que o arquivo havia sido pirateado por espiões russos ou qualquer outra pessoa, exceto os israelenses, embora sugerisse que outros poderiam ter obtido as ferramentas ao invadir o computador americano através de uma brecha encontrada.

Projeto da NSA

A nova data do incidente, 2014, é intrigante porque a Kaspersky só anunciou a descoberta de uma campanha de espionagem pelo Equation Group em fevereiro de 2015. Naquela época, a Reuters citou ex-funcionários da NSA que disseram que o grupo era um projeto da NSA.

O relatório do Equation Group da Kaspersky foi uma das descobertas mais célebres da empresa, pois indicou que o grupo poderia infectar o firmware da maioria dos computadores. Isso dava à NSA uma presença quase indetectável nos computadores infectados.