quinta-feira, 26 de maio de 2016

França investiga 'curtida' de perfil de ministro dada a foto erótica no Twitter

Bernard Cazeneuve França Twitter ministro
via G1

O Ministério do Interior da França afirmou nesta segunda-feira (16) ao jornal "Metronews" que abriu uma investigação interna pela "curtida" dada pelo perfil do Twitter do titular da pasta, Bernard Cazeneuve, a uma conta erótica. A conta oficial de Cazeneuve "curtiu" uma foto que mostrava uma jovem com a calcinha abaixada ao lado de um falso professor com uma vara na mão.

A imagem pertence à conta "Capital Punishments", que se define como o grupo mais discreto de simpatizantes de castigos eróticos de Londres. Uma porta-voz do ministério esclareceu que a conta de Cazeneuve no Twitter é administrada por uma equipe, por isso o ministro não estaria envolvido no erro. E confirmou ao jornal "Metronews" que as autoridades estão investigando o ocorrido. Os internautas não demoraram a batizar o deslize com a hashtag #Fesseegate (#Palmadagate) e contribuíram para divulgar o erro com uma imagem do ocorrido, já apagado da conta oficial.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Suicídio no Periscope relança polêmica sobre limites em redes sociais na França

Periscope
via iG

O suicídio de uma jovem francesa transmitido ao vivo pelo Periscope, aplicativo de difusão instantânea de vídeos, relançou na França a polêmica sobre os desvios e a falta de controle do que é divulgado nas redes sociais. Océane, 19 anos, filmou os instantes em que se atirou na frente de um trem suburbano em Egly, no sul de Paris, sob os olhares de inúmeros internautas no Periscope, aplicativo comprado pelo Twitter em 2015, bastante utilizado por adolescentes e com estimados 10 milhões de usuários.

No vídeo do suicídio, que dura 29 minutos, a jovem, segundo comentários de internautas que assistiram às imagens, teria acusado o ex-namorado de tê-la estuprado e divulgado a agressão no aplicativo Snapchat. Ao ver que a jovem se aproximava dos trilhos do trem, alguns internautas perceberam o risco da situação e tentaram convencê-la de não se matar. Outros alertaram o Periscope e ligaram para números de emergência.

Após Océane ter se atirado sob o trem, a tela se tornou escura, mas os internautas, cada vez mais numerosos, podiam ouvir os gritos de horror das testemunhas na estação. Um bombeiro apareceu na imagem, com um trem atrás dele. Ele pegou o telefone da jovem e o desligou. “Os jovens se definem hoje por meio da imagem e do que eles mostram de si mesmos, sobretudo nas redes sociais, onde a palavra mais difundida é ser popular”, afirma o psiquiatra Xavier Pommereau, do hospital de Bordeaux e autor do livro O Gosto do risco na adolescência.

Para o psiquiatra, o aplicativo pode ter contribuído para amplificar o desejo da jovem de passar à ação. “Sem ter consciência, ela capturou os olhares de testemunhas que podem ficar traumatizadas. Os internautas se tornaram reféns de um drama", diz Pommereau, que destaca também o risco de fenômenos de imitação. “Não se trata de proibir as redes sociais. Mas é necessário ter mais moderadores para antecipar os perigos. A internet é um oceano, mas mesmo isso não impede que existam regras", opina.

'Risco de chocar'

A jovem, descrita por pessoas próximas como frágil psicologicamente, havia transmitido ao vivo cinco vídeos no dia de seu suicídio, na terça-feira. Em um deles, que dura quase uma hora, filmado em seu apartamento e visto por mais de mil pessoas, ela fala sobre coisas banais e repete várias vezes que haverá um novo bate-papo mais tarde.

“O vídeo que farei não é para viralizar. É para fazer as pessoas reagirem e para transmitir uma mensagem. Tem a ver com alguém”, disse a jovem ao marcar novo encontro. “Quero que a mensagem seja compartilhada, mesmo que choque, é o objetivo. O que vai acontecer corre o risco de ser chocante. Se houver menores (de idade), não fiquem (conectados à sua página no Periscope)”, afirmou Océane.

“Não fazemos comentários sobre contas individuais por respeito à vida privada e razões de segurança”, declarou um porta-voz do Twitter, dono do Periscope, ressaltando que os vídeos da jovem foram retirados do aplicativo. Mas algumas capturas de tela, logo após o instante do suicídio, foram publicadas no YouTube, como também outro vídeo da jovem antes de sua morte.

Outras polêmicas

Recentemente, o Periscope esteve ligado a outras polêmicas na França, como a dos os insultos homofóbicos feitos pelo jogador do PSG, Serge Aurier, contra o treinador, Laurent Blanc, e outros jogadores do time. Em março, o presidente francês, François Hollande, também foi insultado ao vivo por internautas no Periscope durante visita a uma empresa. Dois adolescentes em Bordeaux agrediram violentamente um homem na rua, escolhido por acaso, após prometerem, no Periscope, que se a transmissão ao vivo tivesse 40 espectadores, eles deixariam a pessoa “nocauteada”. O vídeo foi assistido por 1,5 mil internautas.

A Justiça francesa abriu investigações para apurar as circunstâncias do suicídio de Océane. Nesta sexta-feira, o ex-namorado da jovem foi interrogado, segundo o Ministério Público de Évry. Ele está em liberdade. Os investigadores ainda não dispõe do vídeo do suicídio, que deve ser obtido nos próximos dias.

domingo, 22 de maio de 2016

Prefeito Haddad libera Uber e permite que táxi ande vazio em faixa de ônibus

Prefeito Haddad Uber táxi faixa de ônibus
via Folha

O prefeito Fernando Haddad (PT) irá assinar nesta quarta-feira (11) um decreto que legaliza a modalidade de serviço on-line que conecta motoristas a passageiros, como o aplicativo Uber. Para acalmar os taxistas, que são contra essa regulamentação, a prefeitura irá liberar os táxis nos corredores exclusivos de ônibus (à esquerda das avenidas) ao longo de todo o dia, mesmo nos horários de pico, desde que estejam com passageiros.

Já nas faixas exclusivas (à direita das vias), o taxista também poderá rodar o dia todo mesmo sem passageiro. Com a regulamentação, as empresas como o Uber terão que comprar créditos para rodar. Esses créditos vão variar de acordo com o local e o horário –o preço médio será R$ 0,10, de acordo com o prefeito. Segundo o texto, motoristas autônomos deverão ou ter condutax (habilitação para ser taxista) ou fazer cursos equivalentes. O decreto deixa os aplicativos livres para atuar com motoristas autônomos e taxistas, que precisam de alvará para trabalhar.

ARGUMENTO

O prefeito usou como argumento para a decretação –mesmo com a decisão da Câmara de barrar a legalização dos aplicativos– decisões judiciais que não só liberam o serviço como dizem que quem deve regular o serviço é a prefeitura. "Há espaço para o crescimento desse serviço com moderação. Vamos fazer tudo com o acompanhamento da sociedade", disse Haddad na manhã desta terça-feira (10).

Para Haddad, o serviço irá dar segurança a taxistas e motoristas do Uber. "É uma decisão técnica que moderniza a cidade sem prejudicar o serviço tradicional de táxi. A situação de hoje prejudica a cidade", afirmou. Haddad disse que o decreto irá limitar o número de carros nas ruas. Inicialmente, as empresas poderão comprar créditos de quilômetros que, pelas contas da administração, equivalem a algo em torno de 5.000 carros nas ruas por ano. Também irá avaliar a cada três meses se é possível colocar mais carros ou não nas ruas.

PROTESTO

Em protesto, taxistas fecharam o acesso de carros à rua Líbero Badaró, ao lado da sede da prefeitura. "O Haddad está prejudicando as famílias de quem pagou R$ 60 mil no táxi preto recentemente. Ele está destruindo a categoria num canetaço. Ele está sucateado o serviço e dizimando famílias ", disse o taxista Ricardo Nagaoka, 36. Segundo ele, os taxistas são chamados de "bandidos" injustamente porque reivindicam seus direitos.

Para o taxista Valdecy Silva de Lima, 33, o Uber abre um precedente de informalidade. "Se liberar, qualquer empresa, de qualquer ramo, vai começar a terceirizar", disse. Um grupo arrancou a placa de uma motocicleta e impediu o motociclista de prosseguir (confira vídeo abaixo). Outros taxistas, então, cercaram o motociclista e permitiram que ele prosseguisse. A placa foi devolvida.

O vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que pretende entrar com o projeto de decreto legislativo (PDL) para derrubar o decreto de Haddad no Legislativo. Porém, precisará do apoio de 37 dos 55 vereadores para isso. Motoristas que atuam com táxi preto (mais luxuoso) –criados por Haddad no ano passado– estão entre os manifestantes. Eles reclamam da concorrência desleal feita pelo Uber black.

"Muitos de nós financiaram carros e pagamos mais de R$ 60 mil de outorga. Agora ele libera o Uber. Se eu soubesse lá atrás, não teria entrado. Seria mais fácil alugar um carro branco do que comprar um carro para entrar no preto", disse Jonatas Silva dos Santos, 32, que há 3 meses foi sorteado com um alvará de táxi preto. Segundo ele, todos tiveram rendimentos reduzidos com o crescimento do Uber.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Cidade alemã instala 'semáforo' no chão para pedestres viciados em celular

Augsburg Cidade alemã semáforo chão pedestres viciados celular
via iG

Uma cidade alemã instalou uma espécie de semáforo no chão de suas ruas para que aqueles pedestres que não tiram os olhos dos celulares possam atravessá-las com menos riscos. A iniciativa teve início em Augsburg depois de duas pessoas sofrerem ferimentos leves em um acidente com bondes elétricos, além da morte de uma jovem em Munique. As informações são do The Mirror.

As autoridades da cidade oficializaram o início do funcionamento das luzes na última semana. As luzes se acendem quando algum veículo se aproxima ou quando os outros semáforos das ruas também indicam o vermelho. Dois meses atrás, uma menina foi morta em Munique ao ser atingida por um bonde elétrico enquanto atravessava a rua, olhando seu telefone. A Alemanha é um país especialmente afetado por esse fenômeno, já apelidado de “Smombie”, mistura de smartphone e zombie (zumbi), que atinge especialmente os jovens.

domingo, 8 de maio de 2016

Rival do Uber, espanhola Cabify chega ao Brasil aberta aos táxis

Cabify Uber
via IDGNow

O Uber está prestes a ganhar mais um rival no Brasil, onde já atua desde 2014. Em maio, chega a São Paulo a empresa espanhola Cabify, que fará companhia aos “táxis pretos” e à startup indiana WillGo. Maior país da América Latina, o Brasil será o sexto mercado da Cabify no mundo, mas não o primeiro da empresa na região. Além da sua terra natal, a companhia também está em quatro locais da AL: Chile, México, Peru e Colômbia.

Em sua chegada ao país, mais especificamente em SP, que será seu único mercado no início, a Cabify terá três modalidades de carros: Cabify Executivo (mais luxuoso e caro, para rivalizar com o Uber Black), Cabify Light (mais barato, concorrente direto do Uber X) e o Corporate, que, como o nome indicada, é voltado para o uso por empresas. Como o nome sugere, a Cabify não possui uma postura tão restrita quanto o Uber e diz estar aberta a cadastrar motoristas de “táxi preto” em São Paulo – para quem não sabe, a categoria de luxo de táxis foi criada como uma resposta ao Uber pela prefeitura da capital paulista. Na Espanha, aliás, o aplicativo opera com taxistas.

A maior maleabilidade da empresa pode ser vista como uma estratégia para se adaptar a um mercado competitivo e cheio de carros como São Paulo. “Lógico que existe um ambiente enorme de competição em São Paulo, mas vemos que temos diferenciais para a nossa entrada no mercado brasileiro. Inclusive pensamos em trabalhar com o táxi preto aqui. Não somos rígidos quanto à forma de trabalho, nos moldamos ao mercado", explica o Head de Operações e Logística da Cabify no Brasil, Daniel M. Velazco-Bedoya, lembrando que a empresa já teve encontros com a prefeitura de São Paulo e vem acompanhando de perto as assembléias e a discussão sobre a regulamentação de serviços como Uber e o próprio Cabify na cidade.

Taxas

Assim como o Uber, a Cabify considera os motoristas como parceiros em vez de funcionários. No entanto, a empresa ainda não revelou a divisão das porcentagens que ficarão com o aplicativo em cada categoria, o que já causou até greve entre motoristas do Uber que acusam a empresa norte-americana de ficar com um valor muito alto da corrida – o Uber fica com 25% no Uber X e 20% no Uber Black, que é mais caro.

Além de ser aberta aos táxis, a Cabify possui uma diferença importante em relação aos rivais: a forma como calcula o preço da corrida. A empresa faz o cálculo do preço com base apenas na distância, sem levar em conta o tempo do percurso. Questionado se isso poderia causar irritação entre os motoristas da empresa em SP, cidade conhecida pelo trânsito caótico, o executivo afirmou que a empresa acredita muito nessa modalidade. “A modalidade é muito boa porque é transparente com o usuário e permite que o motorista consiga se planejar melhor.”

Outra reclamação recente entre os motoristas do Uber é que a empresa estaria aceitando muitos novos motoristas, o que estaria diminuindo suas corridas e, consequentemente, os seus ganhos com os aplicativos. A Cabify afirma que, dependendo da situação, pode sim considerar trabalhar com um número limite de motoristas parceiros na cidade.

Escritório local 

Ainda sem uma data oficial para o lançamento em São Paulo, a empresa só garante que inicia suas operações na capital ainda em maio. Em fase de contratações da equipe local, a Cabify diz já ter um local reservado para o seu escritório em SP, mas não revela quantos motoristas terá em sua chegada à maior cidade do país - interessados em tornarem-se motoristas da Cabify podem clicar aqui para mais informações.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Hackers publicam centenas de senhas do Spotify na web

Spotify
via Exame

No último sábado (23), hackers publicaram na web dados de acesso, como e-mails e senhas, de centenas de usuários do aplicativo de transmissão de músicas via internet Spotify. Alguns assinantes do serviço chegaram a notar que músicas começaram a aparecer vinculadas às suas contas sem que eles as tivessem selecionado ou escutado, de acordo com o site americano TechCrunch.

O Spotify informou que seus servidores não foram invadidos, mas a lista divulgada mostra em detalhes as informações das contas de diversos usuários. Uma possibilidade é que os dados tenham sido capturados por meio de golpes online, que podem ter sido aplicados por hackers por meio de mensagens via e-mail ou aplicativos de comunicação. Em todo caso, essa é uma boa hora para mudar a sua senha no Spotify e garantir que a sua conta esteja segura. O serviço tem planos individuais e família no Brasil, com preços por volta dos 20 reais.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Após sugestão popular, proibição do limite para internet pode virar lei

Proibição limite internet virar lei
via iG

Bastaram seis dias para que a ideia de pôr fim ao limite ou corte de velocidade à internet residencial alcançasse o apoio de mais de 20 mil pessoas. Por meio do Portal e-Cidadania, do Senado, a população reuniu as assinaturas onlines necessárias para transformar a ideia em uma Sugestão Legislativa que vai tramitar no Senado. A Sugestão Legislativa é uma contribuição popular. Ela precisa ser avaliada em comissões do Senado para, depois, se tornar um projeto de lei. A Sugestão Legislativa que proíbe o corte de acesso à internet será examinada pela Comissão de Direitos Humanos.

O assunto da limitação da internet banda larga gerou grande mobilização nas redes sociais após algumas operadoras anunciarem que passarão, a partir de 2017, a cortar o acesso dos usuários que atingirem o limite de sua franquia de dados e oferecerão pacotes com franquias diferenciadas. O serviço seria semelhante ao que já é oferecido pela internet móvel, usado em aparelhos de celular, por exemplo.

Na segunda-feira, 18, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu por 90 dias a implementação do corte e determinou que as operadoras informem os usuários sobre seus planos. No entanto, o presidente da agência reguladora, João Rezende, disse, em entrevista à imprensa, que as operadoras não têm mais condição de oferecer internet ilimitada.

Debate

O anúncio das operadoras de banda larga também incomodou alguns senadores. Walter Pinheiro (Sem Partido-BA), um dos principais líderes no Congresso para a aprovação do Marco Civil da Internet – lei que destacou o Brasil mundialmente em 2014 –, vê como mais um absurdo o anúncio das operadoras. "As operadoras já tinham adotado uma postura dessa na internet móvel. Agora é adotar efetivamente uma postura de cerceamento, uma violência ao Marco Civil da Internet, que é, na prática, você começar a limitar o uso da internet. É uma forma dissimulada de dizer que não estão cortando o conteúdo, que eu estão cortando uma quantidade de dados, mas isso é cortar conteúdo", afirmou o senador.

Na manhã desta quarta-feira, 20, senadores aprovaram um requerimento para a realização de uma audiência pública para discutir o tema. As comissões de Serviços de Infraestrutura, do Meio Ambiente, e de Ciência e Tecnologia vão se reunir para discutir as providências que devem ser tomadas para evitar problemas apontados pelos consumidores. Serão convidados Eduardo Moreira, presidente da SindiTelebrasil, que representa as empresas de telefonia, além de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério das Comunicações e de órgãos de defesa do consumidor, como o Procon de Goiás e o Proteste. A data para realização da audiência pública ainda não foi definida.