terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Facebook lança Central de Prevenção ao Bullying no Brasil

Central Prevenção Bullying Facebook
via IDGNow

O Facebook lança nesta terça-feira, 16/2, no Brasil uma iniciativa para combater a prática de bullying na rede social e no meio digital de forma geral, mas também em outros ambientes, como as escolas, que voltam a ficar cheias neste período com a volta às aulas no país. Chamada de Central de Prevenção ao Bullying no Brasil (Bullying Prevention Hub no original), a nova plataforma da maior rede social do mundo foi criada na Universidade de Yale, nos EUA, em 2013, e está disponível em um total de 52 países e 26 idiomas pelo mundo, incluindo o México, único outro local da América Latina a contar com a iniciativa.

Justamente por funcionar de forma adicional às ferramentas de denúncia e combate que já existiam no Facebook, a Central de Prevenção busca ajudar a evitar e/ou resolver esse tipo de comportamento, além de conscientizar sobre o problema entre os usuários da rede. Para isso, conta com dicas, programas e conteúdos específicos para adolescentes, pais e educadores.

Outro olhar

Para adaptar o conteúdo original em inglês para o idioma e realidade do nosso país, o Facebook contou com a ajuda da Unicef e da organização não-governamental SaferNet Brasil. Entre as mudanças mais importantes para trazer a iniciativa ao Brasil estava a necessidade de deixar bem claro o que é bullying, que, por ser uma palavra de língua inglesa, é mais reconhecida e entendida em outros países com esse idioma, explicam os envolvidos.

Segundo a definição presente no material da plataforma para adolescentes, “brincadeira é quando todos se divertem”. Ou seja, “se você está se sentindo isolado, triste, angustiado quando pensa que vai encontrar com seus colegas de escola, ou com medo da intimidação que está sofrendo, é bem provável que isso seja bullying”. “O material original também falava para a vítima conversar com o agressor sobre o assunto, mas tiramos isso na versão brasileira por entendermos que essa pessoa pode ficar mais vulnerável e/ou desconfortável com uma situação dessas”, afirma a Oficial do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef Brasil, Gabriela Mora.

Vítimas e agressores

Vale destacar que a seção com conteúdos para adolescentes traz dicas e informações para jovens que sejam vítimas (e seus amigos que queiram ajudar) e também agressores. “Acreditamos que o diálogo e a mediação de conflito seja mais efetivo do que apenas a culpabilização do jovem. Geralmente quem pratica bullying também sofre com algum tipo de prática desse tipo em outro ambiente”, afirma o Diretor de Educação da SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm, cuja opinião é ecoada por Gabriela, que destaca que “quem pratica o bullying também precisa de apoio”.

Em uma seção intitulada “Fui acusado de bullying”, o documento do Facebook sugere que o jovem “peça desculpas” e peça a orientação de um amigo ou adulto de confiança caso precise de ajuda para fazer isso. Já as dicas para as vítimas incluem: manter a calma, contar para alguém de confiança, sentir-se seguro (não ficar sozinho com alguém que tenha praticado bullying contra você) e não revidar.

Pais e educadores

A nova plataforma também traz conteúdos especiais pais e familiares e educadores, que ajudam os adultos a identificarem se os jovens em questão estão sofrendo bullying e as melhores formas de lidar com o problema nos diferentes ambientes e situações.

Para Nejm, é preciso acabar com a ideia de que os jovens chamados de “nativos digitais” sabem fazer um uso crítico e consciente da Internet e da tecnologia apenas por terem crescido com um acesso maior às ferramentas digitais. “É preciso desmistificar essa ideia, tirar os pais dessa armadilha de acharem que não podem falar algo sobre isso porque os filhos entendem mais de tecnologia do que eles, por exemplo.” Clique aqui para acessar a Central de Prevenção ao Bullying no Brasil e confira todos os conteúdos criados para a iniciativa.

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