terça-feira, 20 de outubro de 2015

Quase 90% dos aparelhos Android são vulneráveis a ataques

Android
via IDGNow

O fracasso dos fabricantes de aparelhos Android em entregar updates de segurança em tempo deixa quase todos os usuários expostos a ataques. Essa é uma das conclusões de um estudo recente da Universidade Cambridge, que buscou levantar o quão ruim está a segurança do ecossistema móvel do Google. Para compilar esses dados, o grupo de pesquisadores publicou um app chamado Data Analyzer na Google Play Store. Além de dar a oportunidade das pessoas participarem da pesquisa, ele garantia que os celulares sem o Google Play (voltados para mercados emergentes) não entrassem nos resultados. Como resultado, a equipe registrou dados de 20 mil aparelhos Android diferentes, com a maioria deles sendo de empresas como Samsung, Motorola, LG e HTC.

O levantamento, que foi parcialmente financiado pelo Google, ainda está sendo realizado. Por isso, você pode baixar o app no seu aparelho Android para contribuir com o estudo. Com os dados, o grupo de Cambridge conseguiu criar um placar para mostrar o quão rapidamente todas as grandes fabricantes estavam aplicando as mais novas atualizações de segurança nos seus aparelhos. Os resultados completos revelam que o sistema não é muito seguro.

A equipe da universidade criou uma tabela FUM para comparar a segurança fornecida pelos diferentes aparelhos. Os aparelhos Nexus, do próprio Google, aparecem no topo, enquanto que a LG lidera entre os fabricantes terceiros. O top 5 ainda conta com Motorola, Samsung, Sony e HTC. O pesquisador Daniel Wagner resumiu a raiz do problema todo. “O Google tem feito um bom trabalho em diminuir muitos dos riscos e recomendamos que os usuários apenas instalem aplicativos da Google Play Store uma vez que a loja realiza verificações de segurança adicionais nos apps”, afirmou.

Por que isso importa

A recente vulnerabilidade Stagefright demonstrou o quão rapidamente um problema de segurança pode ameaçar um grande número de aparelhos. Isso acontece pela fragmentação da plataforma e o processo demorado e confuso de distribuição de updates de segurança entre os usuários Android, já que os usuários muitas vezes ficam nas mãos das fabricantes e das operadoras.

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