terça-feira, 8 de setembro de 2015

Google, Netflix e Amazon se unem para criar novo formato de vídeo

Vídeos online
via IDGNow

Sete gigantes de TI se uniram para criar um novo padrão para entrega de vídeos online. Google, Cisco, Microsoft, Amazon, Intel, Netflix e Mozilla anunciaram na terça-feira (01/09) a Alliance for Open Media. O consórcio prevê o desenvolvimento de um codec em código aberto e livres de royalties para prover streaming de vídeos em alta qualidade através de aparelhos em diversos formatos. O objetivo é criar um padrão capaz de entregar filmes e transmissões ao vivo em alta definição, mesmo para usuário com conexões mais lentas e em celulares mais simples.

Com o crescimento do mercado de vídeo online, aparentemente, o esforço é mais uma tentativa das gigantes da internet de se livrar do pagamento de royalties para a MPEG LA, que licencia formatos de vídeo como o H.264 e H.265, amplamente utilizados. Hoje, quando a gente assina um serviço de streaming de vídeo da Netflix, compra um filme na Google Play, faz uma videoconferência, uma parcela do valor pago pelo serviço vai para os cofres da MPEG LA, que cobra taxas em nome dos detentores de patentes usadas no H.264, como Sony e Panasonic. Até hoje, para fugir dese pagamento, algumas dessas gigantes da internet vinham trabalhando nas suas própria tecnologias. A Google no VP9 e VP10, A Cisco, no Thor. E a Mozilla, o Daala. A ideia é que as ferramentas já desenvolvidas sejam combinadas em uma base para a criação de um padrão aberto e gratuito. Um padrão único facilitará a vida dos consumidores.

Há técnicos que também  consideram a inciativa da  Alliance for Open Media um empurrão da indústria para acabar com o Flash, que já sofre restrições em navegadores como Firefox e Chrome, além de diversas críticas de segurança. O formato criado tem a ambição de ser uma ferramenta para as maiores companhias deixarem de lado a ferramenta da Adobe na oferta de conteúdo de vídeo em streaming. De acordo com a Mozilla, o codec será lançado sob licença Apache 2.0.

Como é livre de royalties, virtualmente, qualquer um poderá usar o formato em seus próprios softwares. A aliança está recrutando outras organizações interessadas em distribuição de conteúdos em vídeo para ingressarem no projeto e ajudar no desenvolvimento da solução.O site do grupo lista alguns objetivos esperados para o novo formato. A empresa que entregar algo capaz de entregar streamings de vídeo em alta qualidade e tempo real que trabalhem em praticamente qualquer dispositivo. A ideia é que trabalhe também tanto em âmbito corporativo quanto com conteúdos gerados por usuários.

Vale notar que uma importante empresa de distribuição de conteúdo não ingressou (pelo menos nessa primeira fase) na empreitada: Apple. Outra ausência notada é o Facebook, que tem ampliado o foco do conteúdo em vídeo.

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